Curso de de Capacitação para a Empregabilidade em Saúde Mental Comunitária

decorrido entre 01/04/2021 e 31/12/2021, foi um projeto desenvolvido pela FNERDM em parceria com as suas Associadas A FARPA, AEIPS, ARIA, ASMAL, CHPL, CVP, GAC, PERSONA, RECOMEÇO e RUMO foi cofinanciado pelo Programa de Financiamento a Projetos pelo Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P. 2021.

Este curso destinou-se a colaboradores de entidades do 3º setor com intervenção na área da Saúde Mental Comunitária. Teve como principal objetivo viabilizar o diálogo, a discussão e estabelecer redes de contacto e conexões com foco integração das pessoas com doença experiência de doença mental, e desse modo contribuir para capacitação dos contextos com vista à inclusão social e profissional.

O projeto compreendeu o desenvolvimento e implementação de nove ações de formação, com diferentes formadores e conteúdos formativos, num formato dinâmico designado Q&A LAB, pretendeu-se iniciar as sessões com uma apresentação do orador seguida de respostas a questões colocadas pelos participantes no momento da inscrição e/ou na sessão online. Estas ações decorreram em formato online, com apoio de plataforma online Zoom e plataforma e-learning, cada um dos módulos formativos teve uma carga horária de 2 horas.

O Curso de Capacitação para a Empregabilidade em Saúde Mental Comunitária, contou com a colaboração de formadores/profissionais interinstitucionais, que consolidaram a relevância social da inclusão das PEDM no mercado de trabalho, como um fator decisivo de inclusão social e consequente valorização e realização pessoal. Decorrendo em formato online, foi possível chegar a técnicos de todo o território nacional e de múltiplas instituições, capacitando os formandos em processos de acompanhamento ao nível da inserção académica/prof. das PEDM. Além da melhoria da qualidade dos serviços prestados, promoveu-se a valorização das competências das pessoas c/DM e ao sucesso na sua contratação/manutenção do posto de trabalho.

O projeto compreendeu o desenvolvimento e implementação de três atividades:

  1. a) Atividade 1 – consistiu na dinamização de três módulos formativos: “O Modelo Empowerment-Comunidade na Saúde Mental Comunitária”, ”Abordagem Colaborativa para o Empowerment e Advocacy na Saúde Mental” e “Políticas e Planos de Saúde Mental: da Teoria à Prática e da Prática à Teoria” permitiu aprofundar conhecimentos teórico-práticos relevantes ao exercício de funções em serviços de suporte para as pessoas com doença mental, tendo em vista a promoção dos direitos humanos, nomeadamente na promoção de iniciativas de estímulo à empregabilidade das pessoas com experiência em doença mental, visando a qualificação, orientação e aconselhamento das PEDM relativamente ao acesso ao mercado de trabalho e no acompanhamento na integração profissional.
  2. b) Atividade 2 – consistiu na dinamização de três módulos formativos: “Desenvolvimento Educacional, Formação Profissional e Emprego como Estratégias de Integração Comunitária”, “O Modelo de Educação e de Emprego Apoiado para a Inclusão” e “Projetos de Emprego”, permitiu aprofundar o conhecimento de apoios e medidas existentes à empregabilidade das pessoas com incapacidade, modalidades de ensino e formação profissional.
  3. c) Atividade 3 – consistiu na dinamização de três módulos formativos: “Redes de Intercooperação- soluções integradas de empregabilidade”, “Porta Aberta: Agência de Empregabilidade – o modelo de intervenção” e “Projeto CLICK – Ativar Competências de Empregabilidade”, permitiu dotar os formandos de conhecimentos de comunicação com as empresas/entidades empregadoras e na identificação de parceiros para a Empregabilidade.

Em suma, esta formação permitiu o acesso a um leque de ferramentas e modos de atuação aconselhamento das PEDM relativamente ao acesso ao mercado de trabalho e no acompanhamento na integração profissional, com impacto direto na qualidade dos serviços prestados tanto às pessoas com doença mental como às suas famílias. Esta atividade também permitiu aumentar a capacidade interventiva das associações e melhoria da qualidade dos seus serviços, na integração social das pessoas com doença mental e seus familiares, assim como na promoção dos direitos humanos das pessoas com experiência de doença mental, e na sua qualidade de vida.

O projeto teve a colaboração de 10 formadores e contou com 136 participações. Participaram no total 84 formandos, 10 homens e 74 mulheres, 70 Profissionais da área da saúde mental, 2 familiares de pessoa com diagnóstico de doença mental e 12 profissionais de outras áreas, representando 54 instituições, com atuação em 15 distritos nacionais.